A Vila Toscana sempre me causava "curiosidade" todas as vezes que transitava pela Rua Gilberto de Alencar. Além de bonita, parecia tranquila e poética. Não me enganei. Um sábado de 2019 eu entrei para perguntar sobre como funcionava, quem morava ali, o que as pessoas faziam lá dentro. Fui atendida pela Deise, que em seguida me passou o telefone para falar com Adriana. Pude cumprimentar os residentes e me lembro bem da D. Maria, da "Tetê", do Sr. José, da Sara, da D. Rosa e da D. "Celinha". Todo mundo ali, sem entender a minha presença, mas me recebendo e acolhendo com olhares e algumas perguntas. Passei a amar muito cada uma daquelas pessoas, verdadeiramente! Hoje sou só emoção ao escrever. Dali em diante, durante um ano, minha mãe, Neusa, também foi morar lá, naquela casa linda, cheia de afetos, de cuidados, de poesia, de flores, música, acolhmento e respeito. No momento, ela não reside lá porque a vida é assim mesmo, cheia de movimentos. Viver não é estático e, nisso, muitas surpresas nos são reservadas também. É certo que estaremos, para sempre, na Vila Toscana, presencialmente e em pensamentos. No momento de uma pendemia que tem nos trazido de volta às nossas casas, com distanciamentos chatos e dolorosos de todas as pessoas que amamos, justamente para protegê-las e a nós, o abraço vai à distância para cada residente da Vila Toscana, para os trabalhadores de lá e os seus familiares - todos se tornaram nossos amigos. Gratidão infinita por tudo o que aprendemos juntos e por tudo o que foi dedicado a minha mãe. Tudo nessa vida tem um propósito. Precisávamos nos encontrar ali e sei que prosseguiremos nos encontrando na vida. Jamais daria conta de agradecer o suficiente. Obrigada por tudo! Despedidas (como tudo na vida) são provisórias. Um até breve, com beijos e abraços à distância!